quarta-feira, 11 de outubro de 2017

SEI QUE ESTOU SÓ - SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

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SEI QUE ESTOU SÓ


Sei que estou só e gelo entre as folhagens
Nenhuma gruta me pode proteger
Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens.

Desligo da minha alma a melodia
Que inventei no ar. Tombo das imagens
Como um pássaro morto das folhagens
Tombando se desfaz na terra fria.


© SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
In Coral, 1950

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